sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Dança Sudeste

A região sudeste do Brasil é composta pelos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Apresenta grande pluralidade cultural, com manifestações de origem indígena,africana, europeia e asiática.

São danças  típicas da região, com mais presença em alguns estados isoladamente. É o caso do batuque (SP, MG e ES), catira (SP e MG), Caxambu (MG, RJ), ciranda (RJ), dança de São Gonçalo (MG, SP), dança do tamanduá (ES), fandango (SP), jongo (MG, SP) e Mineiro-pau (MG, RJ). Vale destacar também a grande quantidade de danças típicas do Espírito Santo que, entre muitas, estão: a dança alemã, bate flechas, dança açoriana, congo e a tradicional capoeira.

Samba

Samba é um gênero musical, de onde deriva um tipo de dança, de raízes africanas surgido no Brasil e tido como o ritmo nacional por excelência. Considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras, o samba transformou-se num símbolo de identidade nacional. De entre suas características originais, está uma forma onde a dança é acompanhada por pequenas frases melódicas e refrões de criação anônima, alicerces do samba de roda nascido no Recôncavo Baiano e levado, na segunda metade do século XIX, para a cidade do Rio de Janeiro pelos negros que migraram da Bahia e se instalaram na então capital do Império. O samba de roda baiano, que em 2005 se tornou um Patrimônio da Humanidade da Unesco, foi uma das bases para o samba carioca.     Apesar do samba existir em todo o país - especialmente nos Estados da Bahia, do Maranhão, de Minas Gerais e de São Paulo - sob a forma de diversos ritmos e danças populares regionais que se originaram do batuque, o samba como género é uma expressão musical urbana do Rio de Janeiro, onde de facto nasceu e se desenvolveu entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Foi no Rio de Janeiro, que a dança praticada pelos escravos baianos migrados entrou em contato e incorporou outros géneros musicais tocados na cidade (como a polca, o maxixe, o lundu, o xote, entre outros), adquirindo um caráter totalmente singular e criando o samba carioca urbano e carnavalesco.
 http://sonhodedancar.com.br/wp-content/uploads/2011/12/Samba-Sonho-de-Dan%C3%A7ar-300x220.jpg

História do funk carioca de 1995 até hoje

A partir de 1995 aconteceu a grande fase do funk carioca. Os raps, que até então eram executados apenas em algumas rádios, passaram a ser tocados inclusive em algumas emissoras AM. O que parecia ser um modismo "desceu os morros", chegando às áreas nobres do Rio. O programa da Furacão 2000 na CNT fazia grande sucesso, trazendo os destaques do funk, deixando de ser exibido apenas no Rio de Janeiro, ganhando uma edição nacional. Artistas como Claudinho e Buchecha, Cidinho e Doca, entre outros, tornaram-se referência nessa fase áurea, além de equipes de som como Pipo's, Cashbox, e outras. A Rádio Imprensa teve papel importante nesse processo, ao abrir espaço para os programas destas e de várias outras equipes.
Paralelo a isso, outra corrente do funk ganhava espaço junto às populações carentes: o "proibidão". Normalmente com temas vinculados ao 
tráfico, os raps eram às vezes exaltações a grupos criminosos locais, às vezes provocações a grupos rivais, os alemães (gíria também usada para denominar as galeras inimigas). Normalmente as músicas eram cantadas apenas em bailes realizados dentro das comunidades e divulgados em algumas rádios comunitárias.
Ao final da década, além de todas as variantes acima, surgiram músicas com conotação 
erótica. Essa temática, caracterizada por músicas de letras sensuais, por vezes vulgares, que começou no final da década, ganhou força e teria seu principal momento ao longo dos anos 2000.

Anos 2000


Saindo das favelas em direção à 
cidade, o funk conseguiu mascarar seu ritmo, mostrando-se mais parecido com um rap americano e integraram-se um pouco mais as classes cariocas. Seu ritmo hipnótico e sua batida repetitiva também contribuíram para que mais pessoas se tornassem adeptas dessa música, fazendo com que o estilo chegasse a movimentar cerca de R$ 10 milhões por mês no Estado do Rio, entre os anos de 2007 e 2008.
O funk ganhou espaço fora do Rio e ganhou conhecimento internacional quando foi eleito umas das grandes sensações do verão 
Europa de 2005 e ser base para um sucesso da cantora inglesa MIA, "Bucky Done Gun". Um dos destaques desta fase, e que foi objeto até de um documentário europeu sobre o tema é a cantora Tati Quebra-Barraco que se tornou uma figura emblemática das mulheres que demonstram resistência à dominação masculina em suas letras, geralmente de nível duvidoso, pondo a mulher no controle das situações e as alienando. A respeito desse sucesso, em julho de 2007 em Angola surge o primeiro grupo de funk angolano "Os Besta-Fera" seu vocalista principal Mc Lucas passou no Rio de Janeiro onde foi influenciado a cantar funk, agora ouvido em Angola. Hermano Vianna, autor do pioneiro estudo "O Mundo Funk Carioca" (1988), afirmou:

Todo esse mercado foi criado nas duas últimas décadas, sem ajuda da indústria cultural estabelecida. (...) Não conheço outro exemplo tão claro de virada mercadológica na cultura pop contemporânea. O funk agora tem números claros, que mostram uma atividade econômica importante, que pode assim ser levado a sério pelo poder público.

O estilo musical, embora apresente expansão mercadológica, ainda continua sendo alvo de muita resistência e preconceito, sendo bastante criticado por intelectuais e grande parte da população.

Atualidade

Em Setembro de 2009 a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou projeto definindo o funk como movimento cultural e musical de caráter popular.

Músicas Tradicionais da Região Sudeste do Brasil

Ao longo da nossa história muitas formas de compor melodias foram inventadas. A maioria delas sofreu influência de outras culturas principalmente a negra africana, a européia e a indígena brasileira.
 A partir desta mistura cultural surgiram novas formas de música como, por exemplo, o lundu, samba, pagode e o choro que são fortemente representados na região sudeste do nosso país.

Lundu

É um gênero musical contemporâneo criado a partir dos batuques dos escravos trazidos ao Brasil de Angola e de ritmos portugueses. Da África, o Lundu herdou a base rítmica, evidenciado pela umbigada, os rebolados e outros gestos que imitam o ato sexual. Da Europa, o lundu, que é considerado por muitos o primeiro ritmo afro-brasileiro, aproveitou características de danças ibéricas, como o estalar dos dedos, a melodia e a harmonia, além do acompanhamento instrumental do bandolim.

Samba

 É um gênero musical, de raízes africanas surgido no Brasil e é tido como o ritmo nacional por excelência. Considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras, o Samba se transformou em símbolo de identidade nacional.
O Samba de roda baiano, que se tornou um Patrimônio da Humanidade da UNESCO, foi uma das bases para o samba carioca. Os contornos modernos do Samba viriam somente no final da década de 1920, a partir das inovações de um grupo de compositores dos blocos carnavalescos.
À medida que o Samba se consolidava como uma expressão urbana e moderna, ele passou a ser tocado nas rádios, se espalhando pelos morros cariocas e bairros da zona sul do Rio de Janeiro. Inicialmente criminalizado e visto com preconceito, por suas origens negras.
Importantes sambistas de todos os tempos: Pixinguinha, Ataulfo Alves, Carmen Miranda, Elton Medeiros, Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Aracy de Almeida, Demônios da Garoa, Isaura Garcia, Candeia, Elis Regina, Nelson Sargento, Clara Nunes, Wilson Moreira, Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e Lamartine Babo. 
 No início da década de 1980 que o Samba reapareceu no cenário brasileiro com um novo movimento, chamado de Pagode.

Pagode

 Com características do Choro e um andamento de fácil execução para os dançarinos, o Pagode é basicamente dividido em duas tendências. A primeira delas é mais ligada ao Pagode de raiz, que conservava a linhagem sonora e fortemente influenciada por gerações passadas. A segunda tendência, considerada mais "popular", ficou conhecida como "Pagode-romântico" e passou a ter grande apelo comercial na década de 1990 em diante.  

Choro
Gênero criado a partir da mistura de elementos das danças de salão européias (como o schottisch, a valsa, o minueto e, especialmente, a polca) e da música popular portuguesa, com influências da música africana. Geralmente acontecem em bares ou na própria casa dos músicos, em que todos se juntam para tocar choro. Não existe uma formação específica e os músicos que vão chegando se juntam à roda.
Alguns dos chorões mais conhecidos são Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth e Pixinguinha. Alguns dos choros mais famosos são
"Tico-Tico no Fubá", de Zequinha de Abreu;
"Brasileirinho", de Waldir Azevedo;
"Noites Cariocas", de Jacob do Bandolim;
"Carinhoso" e "Lamento" de Pixinguinha;
"Odeon", de Ernesto Nazareth.



Referências:
http://regiao-sudeste.info/mos/view/Folclore_Regi%C3%A3o_Sudeste/
http://www.suapesquisa.com/samba/
http://sulwestcultural.blogspot.com.br/2012/06/musicas-tradicionais-da-regiao-sudeste.html
http://palcoprincipal.com.br/sergiobigmix/blog/2010/05/27/historia_do_funk_carioca_de_1995_a_2009

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