sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Literatura de cordel

Cordel são folhetos contendo poemas populares, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome.

Os poemas de cordel são escritos em forma de rima e alguns são ilustrados. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
No Brasil, a literatura de cordel é encontrada no Nordeste, principalmente nos Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Costumava Ser vendida em mercados e feiras pelos próprios Autores. Hoje também se encontra em outros estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, e são vendidos em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas Apresentações dos cordelistas.
Cordel também é a divulgação da arte, das tradições populares e dos Autores locais e é de inestimável importância na manutenção das identidades locais e das tradições literárias regionais, contribuindo para a perpetuação do folclore brasileiro.

Literatura de Cordel no Brasil

A literatura de cordel Chegou ao Brasil com nossos  colonizadores, instalando-se na Bahia e nos demais estados do Nordeste, onde encontrou um terreno fértil. Por Volta de 1750, apareceram  os primeiros poetas populares que narravam sagas em versos, visto que a maioria desse povo, sequer sabia ler e como histórias eram decoradas e recitadas  nas feiras ou nas praças. As vezes, acompanhadas por música de violas. Portanto, surgiu também no Brasil, como literatura oral, característica da fundamental da cultura popular.

Enfim, foram esses cantadores do improviso, itinerantes, os precursores da literatura de cordel escrita. E verdadeiros repórteres,pois eram eles quem divulgavam as notícias nos lugares mais longínquos, especialmente,  os acontecimentos históricos do Brasil, narrados em verso. O fenômeno só despertou o interesse dos estudiosos letrados em fins do século 19, começo do século 20. O Poeta Paraibano Leandro Gomes de Barros e considerado por esses pesquisadores,  o primeiro a imprimir e vender seus versos, por volta de 1890.

Conheça os mestres da literatura de cordel

Surgida no Nordeste, a literatura brasileira de cordel é repleta de características bem particulares, que dialogam diretamente com os costumes  juninos. Essencialmente popular, o estilo ficou marcado por narrar histórias do cotidiano nordestino e muitos autores importante foram esquecidos pela falta de registro de suas obras . Alguns deles, no entanto, conseguiram perpetuar suas obras e hoje são considerados mestre do gênero. Conheça alguns deles:
Apolônio Alves dos Santos
Autor do Folheto "Maria Cara de Pau e O Príncipe Gregoriano", lançado em 1949, foi pedreiro e participou da construção de Brasília antes de viver de sua  poesia. Natural de Guarabira (PB), escreveu cerca de 120 folhetos, incluindo o célebre "Discussão do Carioca com o Pau-de-Arara".
Cego Aderaldo
O poeta popular, nascido em Crato, no Ceará, era inspiradíssimo pela vida no sertão nordestino. Ao perder a visão em um acidente, descobriu que tinha talento para rimar, tornou-se cantor conhecido na região e ganhou até um monumento em sua homenagem, localizada em Quixadá, cidade cearense.
Firmino Teixeira do Amaral
Célebre poeta piauiense, Amaral foi um dos principais Autores da Editora Guajarina e um dos criadores de um estilo peculiar da literatura de cordel, o trava-língua. Foi autor de "Peleja de Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum", letra que mais tarde foi gravada por Nara Leão e João do Vale.
João Martins de Athayde
Foi o editor principais da literatura brasileira de cordel. Nascido los 1880, o em Cachoeira da Cebola, Paraíba, Athayde foi mascate e pai de 25 filhos. Em Recife, fez um de curso de enfermagem e depois comprou o projeto que viria ser sua editora. Mais tarde, passou a escrever suas próprias obras, como "Serrador e Carneiro".
Leia mais nenhum site da  Academia Brasileira de Literatura de Cordel
Fonte: ABLC
A  discussão do carioca com o pau-de-arara
Esse cordel mostrar bem como é visto o imigrante nacional pelo povo brasileira e uma parte  importante estar abaixo:
[...]
Respondeu o carioca 
 Não queira tanto agravar 
seu nordeste é muito bom 
Mas lá ninguém quer ficar 
deixou lá seu pé de serra 
e veio pra minha terra 
para poder escapar
Aqui também me pertence
o nortista respondeu
eu sou nato brasileiro
o Brasil é todo meu
O homem precisa andar
para poder desfrutar
do país onde nasceu
[...]                                           Apolônio Alves dos Santos
Encontramos aqui:
A literatura de cordel chega ao nosso bairro por meio de oficinas de leituras, de criação e através de livros diversos para todo o publico. Encontramos aqui na Fabrica de Cultura do Capão Redondo!


·         Oficina: Literatura de Cordel – com Marco Haurélio
Dia 22.10.2014
Público: 40

Participaram adolescentes de 10 e 13 anos da instituição CCA Paróquia Santo Antonio.

O ministrante da oficina Marco Haurélio iniciou a atividade falando um pouco do que é o cordel e como surgiu.
Através da leitura de diversos clássicos deste gênero literário, ele envolveu o público e garantiu muitas risadas com as histórias engraçadas de João Grilo e Saci.

Aconteceu aqui na Fabrica de Cultura do Capão Redondo, localizado na Rua Algard, 82 - São Paulo – SP, visite o local horário de funcionamento: terça a sexta das 9h às 20h. Sábados e domingos das 12h ás 17h, consulte á programação no seguinte Facebook: https://www.facebook.com/biblioteca.capaoredondo ou visite o site: http://www.fabricasdecultura.org.br/fabrica/capao-redondo/programacao-cultural.










·         Biblioteca – livros com diversos temas, inclusive sobre cordel.
A biblioteca da Fabrica de Cultura do Capão redondo estar à disposição de toda a região, com publico que varia de crianças até idosos. Nesse local encontramos diversos livros inclusive alguns sobre cordel.  A inscrição é muito fácil é só comparecer com seu RG e um comprovante de residência na localidade é pronto, para crianças ainda é necessária uma ficha de autorização dos pais ou responsável.


Conheça a biblioteca seu horário de funcionamento é de terça-feira à sexta-feira das 9h às 17h, sábado e domingo das 12h às 17h e estar localizada na Rua Algard, 82 - São Paulo - SP. Com a possibilidade de empréstimos domiciliar no prazo máximo de 15 (quinze) dias para a devolução, podendo renovar por mais 15 dias caso seja necessário e não haja reserva.


Referências  :

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